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Como foi o primeiro mês do ano para as criptomoedas no mundo?

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O ano de 2024 começou com muitas novidades e desafios para o mercado de criptomoedas, que continua a atrair cada vez mais investidores e entusiastas. Neste artigo, vamos fazer um balanço de como foi o mês de janeiro para as principais moedas digitais, quais foram as tendências e os acontecimentos mais relevantes, e quais são as perspectivas para o futuro.

O desempenho das principais criptomoedas

O Bitcoin, a maior e mais conhecida criptomoeda, iniciou o ano com uma alta expressiva, chegando a ultrapassar os US$ 50 mil no dia 7 de janeiro, o que representou um novo recorde histórico. No entanto, a moeda não conseguiu se manter nesse patamar e sofreu uma forte correção nos dias seguintes, chegando a cair para US$ 35 mil no dia 11. A volatilidade do Bitcoin se deve a vários fatores, como a demanda dos investidores, a oferta limitada, a regulação dos governos, as notícias do mercado e as oscilações do dólar. No final do mês, o Bitcoin se recuperou um pouco e fechou em torno de US$ 42 mil, o que representa uma valorização de cerca de 8% em relação ao início do ano.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, também teve um bom desempenho em janeiro, superando os US$ 1.400 no dia 19, o que foi o seu maior valor desde 2018. O Ethereum se beneficia da popularidade das aplicações descentralizadas (dApps) e dos contratos inteligentes, que são executados na sua rede. Além disso, o Ethereum está passando por uma atualização chamada Ethereum 2.0, que visa tornar a rede mais rápida, segura e eficiente. No final do mês, o Ethereum estava cotado a cerca de US$ 1.300, o que representa um aumento de quase 80% em relação ao início do ano.

Outras criptomoedas que se destacaram em janeiro foram o Polkadot, o Cardano e o Chainlink, que ocupam respectivamente o quarto, o quinto e o sétimo lugar no ranking das maiores moedas digitais. Essas criptomoedas são consideradas alternativas ao Ethereum, pois também oferecem plataformas para o desenvolvimento de dApps e contratos inteligentes, mas com diferentes características e vantagens. O Polkadot, por exemplo, permite a interoperabilidade entre diferentes redes de blockchain, o que facilita a comunicação e a transferência de dados e valor entre elas. O Cardano, por sua vez, se propõe a ser uma rede mais escalável, sustentável e democrática, baseada em princípios científicos e acadêmicos. Já o Chainlink é uma rede que conecta os contratos inteligentes com dados externos, como preços, eventos e informações do mundo real, o que amplia as possibilidades de uso das aplicações descentralizadas. Essas três criptomoedas tiveram valorizações expressivas em janeiro, superando os 100% de ganho em relação ao início do ano.

Os principais acontecimentos do mercado de criptomoedas

O mês de janeiro foi marcado por vários acontecimentos importantes para o mercado de criptomoedas, que influenciaram tanto o preço quanto a adoção das moedas digitais. Alguns dos principais foram:

  • A entrada de grandes instituições financeiras e empresas no mercado de criptomoedas, como o PayPal, que anunciou a expansão do seu serviço de compra, venda e armazenamento de criptomoedas para o Reino Unido e outros países europeus4; a Visa, que afirmou que vai integrar as criptomoedas à sua rede de pagamentos5; e a Tesla, que revelou ter comprado US$ 1,5 bilhão em Bitcoin e que vai aceitar a moeda como forma de pagamento pelos seus veículos. Essas iniciativas demonstram o crescente interesse e confiança das grandes empresas nas criptomoedas, o que pode estimular a sua adoção em massa e aumentar a sua demanda e valorização.
  • A regulação dos governos sobre as criptomoedas, que teve tanto aspectos positivos quanto negativos. Por um lado, alguns países avançaram na criação de leis e normas para regular o uso e a tributação das moedas digitais, como o Japão, que reconheceu o Bitcoin como um ativo legal; a Suíça, que aprovou uma lei que facilita a emissão e o comércio de tokens digitais; e o Brasil, que está discutindo um projeto de lei que visa estabelecer regras para o mercado de criptomoedas. Por outro lado, alguns países adotaram medidas restritivas ou proibitivas em relação às criptomoedas, como a China, que intensificou a repressão às atividades de mineração e comércio de moedas digitais; a Índia, que anunciou a intenção de banir as criptomoedas e criar a sua própria moeda digital; e a Nigéria, que ordenou aos bancos que fechassem as contas de clientes que negociassem criptomoedas. Essas medidas geram incertezas e riscos para o mercado de criptomoedas, que depende da aceitação e da cooperação dos governos para se desenvolver.
  • A inovação tecnológica e o surgimento de novos projetos de criptomoedas, que mostraram o potencial e a diversidade do setor. Alguns exemplos são: o lançamento da rede principal do Ethereum 2.0, que marcou o início da transição do Ethereum para um novo modelo de consenso, mais eficiente e sustentável; o crescimento do mercado de finanças descentralizadas (DeFi), que oferece serviços financeiros baseados em contratos inteligentes, sem intermediários, como empréstimos, trocas, seguros e rendimentos; e a popularização dos tokens não fungíveis (NFTs), que são ativos digitais únicos e verificáveis, que podem representar obras de arte, colecionáveis, jogos, música e outros conteúdos. Esses exemplos ilustram como as criptomoedas podem trazer soluções inovadoras e disruptivas para diversos setores e problemas da sociedade.

As perspectivas para o futuro das criptomoedas

Diante de tudo o que aconteceu em janeiro, quais são as expectativas para o futuro das criptomoedas? É difícil fazer uma previsão precisa e confiável, pois o mercado de criptomoedas é muito dinâmico e imprevisível, e depende de vários fatores internos e externos. No entanto, é possível apontar algumas tendências e cenários possíveis, baseados em análises e projeções de especialistas e instituições.

Uma das tendências é a continuação da alta das criptomoedas, especialmente do Bitcoin, que pode atingir novos patamares de preço e adoção. Segundo um relatório da Bloomberg, o Bitcoin pode chegar a US$ 100 mil até o final de 2024, impulsionado pela escassez de oferta, pela demanda crescente e pela aceitação dos investidores institucionais. Outro relatório, da empresa de consultoria PwC, prevê que o Bitcoin pode se tornar a principal moeda de reserva do mundo, substituindo o dólar, até 2030.

Outra tendência é a diversificação do mercado de criptomoedas, com o surgimento e a valorização de novas moedas digitais, que podem competir ou complementar o Bitcoin e o Ethereum. Segundo um estudo do site Visual Capitalist, mais de 1.500 novas criptomoedas foram lançadas entre 2013 e 2022.

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